O ano de 2015 mal começou e já teve um dia triste na sua mui recente história: contamos com um atentado terrorista promovido pela Al Qaeda, de Bin Laden, na sede da revista satírica “Charlie Hebdo” em Paris, no último dia 7 de Janeiro. Diante das espúrias que se tem dito acerca desse assunto, acho uma verdadeira vergonha essa mídia que temos, a qual, de todas as formas (em nome de algum interesse até hoje oculto?) desvincular os fatos expostos diante do mundo, mas não tão possíveis de serem acessados pelos menos desavisados. Como já sou macaco velho no que tange a alguns assuntos, não seria assunto que não teria nenhuma consideração a fazer.
Fiquei bastante preocupado com essa crise de bom senso demonstrada por Leonardo Boff em seu blog, falando sobre o tema. Algumas falas me chamaram muito a atenção, e às tais, gostaria de fazer um breve questionamento (talvez divagar um pouco) sobre os assuntos.
"O primeiro é a intolerância. Na religião muçulmana, há um princípio que diz que o Profeta Maomé não pode ser retratado, de forma alguma. Esse é um preceito central da crença Islâmica, e desrespeitar isso desrespeita todos os muçulmanos. Fazendo um paralelo, é como se um pastor evangélico chutasse a imagem de Nossa Senhora para atacar os católicos… Qual é o objetivo disso? O próprio Charb falou: “É preciso que o Islã esteja tão banalizado quanto o catolicismo”. “É preciso” porque? Para que?" (BOFF, Leonardo).
Ora, o senhor Boff, claro adepto do “nonsensismo”, resultado de seu marxismo, tenta mui clara e descaradamente associar o fato de um ataque terrorista que ceifou a vida de doze pessoas que sequer tiveram como defender suas vidas devido às charges realizadas, e liga-o ao caso de um pastor que chutou uma imagem da Igreja Católica. Bem, as proporções dos casos não são, nem de perto, reconciliáveis.
Sempre que é jogado o tal discurso, é uma tentativa de desvincular o que é próprio da religião islâmica. Os ataques terroristas nada mais são que uma assertiva daquela religião. A mesma revista, não poucas vezes, realizou o mesmo contra a religião cristã, e nenhum homem bomba cristão buscou tolhê-lo. Mas, deveras, um cristão, dentro da realidade politicamente correta/relativista, que emitir sua opinião com certeza da verdade absoluta, fugindo do relativismo que lhe é imposto, é também chamado de fundamentalista. E aí é que se encontra o grande risco dessa manobra diversionista. O Deputado Jean Wyllys vocifera com todas as letras:
Jean Wyllys @jeanwyllys_real · 7 de jan
Não confundam a pequena parte fundamentalista e terrorista com todo o povo islâmico, @edwardluz @rodolfombarros http://jeanwyllys.com.br/verdadeoumentira/ … ASCOM
Os cristãos que fazem uso de seu direito – sem sequer obrigar o outro a concordar com ele – é considerado fundamentalista tanto quanto o muçulmano que acha-se no direito de matar o outro. Nós cristãos conservadores, somos tachados de fundamentalistas tanto quanto aquele que persegue cristãos, no Iraque. Mas há um grande problema em tudo isso. Não muitos dias atrás, diante dos constantes ataques a Israel, os mesmos que defendiam terroristas, da ISIS e do Estado Islâmico, mas hoje repreendem e reprovam os que praticam as mesmas coisas. Estamos em evidente crise de bom senso.
Talvez alguém diga que eu esteja sendo reducionista, ou quem sabe, muito alarmista. Ora, a etimologia é muito importante para os defensores do politicamente correto. Lembra-se da mudança de “homossexualismo” para “homossexualidade”? ou “afrodescendente” ao invés de “negro”? Então... apenas posso afirmar que qualquer cristão que defenda o conservadorismo, o liberalismo na economia, a contrariedade quanto à legalização das drogas, do casamento homossexual – desculpem- é homo afetivo, etc., será imediatamente tão “fundamentalista” quanto aquele que se acha no direito de explodir e destruir lares e famílias. Há uma verdadeira tentativa de uni-los ao mesmo balaio.
Nem de perto um “fundamentalista cristão” têm desejado explodir aqueles que se levantam contra toda a nossa civilização ocidental cristã; mas os fundamentalistas islâmicos sim. No último encontro das autoridades daquela religião, a América é o continente da vez. Já há muitos islâmicos na Europa; o processo é lento, mas constante; em Londres, há cerca de três, quatro anos atrás, grupos de muçulmanos queriam aplicar a lei sharia no bairro Waltham Forest. É um processo que ocorreu em vários países da Ásia nas décadas de 60 e 70. Você pode imaginar um cristão ‘demarcando território’ em qualquer país muçulmano? Deixe sua consciência levá-lo a lógica: não há religião tão pacifista quanto a cristã. Nós não podemos obrigar ninguém a sê-lo. Não é uma questão familiar ou nacional, mas pessoal.
Nesse mesmo período – das décadas de 60 e 70 –, enquanto no ocidente cristão, explodia a revolução sexual, a todo vapor, o oriente fechava-se para os costumes “ocidentais” e adentrava de cabeça na religião muçulmana nos poucos países que haviam abrido mão do mesmo, como foi o caso do Afeganistão e a ditadura que sobreveio àquele país. Daí, o resultado é o que temos hoje. Não há fundamentalistas islâmicos, há apenas islâmicos. Certo, o ônus da prova está em minhas mãos, mas vamos lá: muitos muçulmanos dirão que estes são apenas os grupos extremistas, e nada mais que isso, que não representam a religião; ledo engando... os mesmos que fingem seu respeito aos pensamentos diferentes em momento algum abrem mão do seu antissemitismo; nenhuma organização de muçulmanos emitem notas de repudio aos atos terroristas. Isto fica evidente em um vídeo de David Horowitz, quanto uma muçulmana faz-se de moderada, mas no fim revela o cerne da sua religião; abaixo está uma transcrição das falas desse vídeo <<https://www.youtube.com/watch?v=lQkLp-D4A0o>>
Debate entre David Horowitz e Jumanah Imad Musa Ahmed Albahri
David – Sim.
Jumanah – Boa noite. Eu gostaria de agradecê-lo por ter vindo ao campus esta noite e apresentado seu ponto de vista. É sempre muito importante ter duas visões diferentes aos mesmo tempo. Muito útil. Meu nome é Jumanah Imad Musa Ahmed Albahri, eu sou estudante aqui na UCSD (University of California, San Diego). Eu estava lendo as suas publicações, e eu achei mais interessante que a palestra e eu encontrei algumas coisas interessantes sobre a Associação de Estudantes Muçulmanos (MSA), que é uma organização muito ativa aqui no campus e está realizando sua semana de Juventude Hitlerista anual – vocês deveriam vir a esses eventos –; se eu pudesse esclarecer a conexão entre a MSA e as redes de terrorismo jihadistas, porque da última vez que eu chequei, nós tínhamos que captar nossos próprios recursos e nunca conseguimos ajuda de ninguém. Então, se você pudesse esclarecer a conexão da MSA e da UCSD ou, se você não tem essa informação, se você pudesse conectar outras MSA em campi da University of California, porque a conexão estava clara no panfleto, se você pudesse esclarecer.
David – Ok. Você condena o Hamas, aqui e agora?
Jumanah – Desculpe, o quê?
David – Você condena o Hamas?
Jumanah – Se eu condeno Hamas?
David – Como uma organização terrorista. Uma organização genocida.
Jumanah – Você está me pedindo para me colocar em uma cruz?
David – Então você não condena o Hamas. Eu já tive essa experiência várias vezes. Você não leu de verdade o panfleto, porque o panfleto é bastante detalhado. A principal conexão é que a MSA é parte da rede Irmandade Muçulmana, conforme foi revelado nos documentos
Jumanah – Eu não creio que você entendeu o que eu quis dizer com isto. O que eu quis dizer é que se eu disser alguma coisa eu tenho certeza de que serei presa por questões de Homeland Security. Então se você puder somente responder minha pergunta...
David – Se você condenar o Hamas, Homeland Security vai prendê-la?
Jumanah – Se eu apoiar o hamas! Porque a sua pergunta me força a condenar o Hamas. Se eu apoiar o Hamas, eu fico muito mal.
David – Se você não condena o Hamas, obviamente você apoia. Caso encerrado. Eu já tive essa experiência na University of California, Santa Barbara, onde haviam 50 membros da MSA sentados na cadeira do auditório. E ao longo de toda a minha palestra de uma hora, eu perguntei várias vezes: “vocês condenam o Hezbollah e o Hamas?” Nenhum deles condenou. E quando chegou a hora das perguntas, o presidente da MSA foi a primeira pessoa a perguntar. E eu disse: “antes de você começar, você condena o Hezbollah?” E ele disse: “Bem, essa questão é complicada demais para uma resposta ‘sim’ ou ‘não’. Então eu disse: “ok, deixe-me colocar a questão assim: eu sou judeu; o cabeça do Hesbollah disse que ele torce para que todos nós nos reunamos em Israel para que eles não tenham que nos caçar mundo afora. Contra ou a favor disso?
Jumanah – A favor.
David – Obrigado. Obrigado por vir e mostrar o que existe aqui. E você está usando um lenço terrorista.
Jumanah – Se você tivesse entendido...
David – Você não entendeu, senhora.
Jumanah – Você poderia responder minha pergunta?
David – Você fez uma pergunta. Você não tem o direito de fazer um discurso.
Todo esse problemas supracitados, se resumirmos, nada mãos são que questão de silenciamento: os grupos terroristas muçulmanos obrigam os que não concordam com seus pontos de vistas a calarem-se na base do medo; em contrapartida, seus líderes, dentro da própria religião, também calam-se em um severo e mesquinho “quem cala, consente”.