Sem ser visto, nada mudou.
Sem mudanças, afoguei-me em alegrias,
Em passageiros Sonetos de Amor.
E hoje, eis um ninguém,
Que por um alguém não é avistado.
Meu ócio é meu júbilo,
Do intransponível vácuo sagrado.
Ao nada me entreguei,
Minh'alma, do nada lembrou.
Do quão impotente vivi,
Vivendo do ódio o sabor.
Um déjà vu de onde nunca estive,
Na ânsia de um dia estar.
Num lugar onde mais que um patife,
Mas, "alguém" visto tornar.
Ícaro Alencar de Oliveira